an urban manifesto at the Civic Stage curated by Jose Esparza at praça da Figueira - 3.Lisbon Architecture Triennial
-->
1. A civic public can
only exists as a collective constellation.
2. Does a
one particular physical place in our cities ensure the notion of a civic
public? In what moment and specific urban staging does the “civic” perform to
be able to embody itself as “public”?
3. The
emancipation of the social subject as it rises against hegemony is only
possible through an embodiment that is both collective and relational.
4. Instead of
fetishizing the urban square – understood as a site that will originate a civic
public – we should consider different forms of organization and constellations
where this civic public can embody itself.
5. Constellations
are the spatial experience in the urban territory and the nature of
collectivity, which consists in types of collaboration, the practice of
“commoning,” and alternative economic currencies.
6. How can
the event of urban resistance transform itself as a collective civic
embodiment?
7. A
collective power that derives its visibility and action from the urban
territory can create its own heterotopic site, which is the moment when the
public collectively re-inhabits and reclaims urban space despite their
differences
8. The heterogeneity of the
public and the strategy of passive resistance against police force, as well as
the common drive to reclaim everyday life against a neoliberal system via a
park have a lot of similarities with other urban movements
9. Grassroots urban
decision-making strategies directly in the sites where this radical democracy
is taking place, these parks and squares of urban resistance also foster the
formation of a radical form of citizenship.
10. In the
case of Gezi Park resistance, recent events testify to a new urban space of
conflict where a collective power is actively exercised, namely as the meaning
of coming together in public space is appropriated as a form of protest against
urbanization.
11. Urban
resistance, street riots and occupying parks or squares to protest against
capitalist society and authoritarian governments, which have proven themselves
as strategies since the 1960s, seem to be the only concrete collective action
nowadays that is political.
12. How can self-organized, self-regulating networks and
collective structures such as the occupy movements in urban space inspire
economic models, especially where the generation and re-distribution of wealth
are concerned?
13. There are
practical cases of self-organized labor structures managing well on their own,
not only to sustain production but also to maintain fluid networks of creative
collectivism and collaboration.
14. Creating collective,
non-clerical, political action in the urban space is not about the organization
or the event itself, but about co-existing and functioning together to achieve commoning. This is rooted on a
reconsideration and realization of our practices of collaboration, alternative
economies, autonomous networks, self-organization and surplus strategies.
15. We should movie in solidarity
despite our differences in radical platforms and with our friendship.
16. Governments create “indebted man” in order to control the
masses. Unemployment which its definition based on governmental and IMF
definition is about a control our work hours, our abilities of being a worker
and the quality of work that leaves you out or in the system.
17. We should not let IMF
to control our taxes, work conditions and everyday life.
18. As we belong to the
creative – culture class we are low-paid workers, invisible precarious subjects
and the slaves of the neoliberal cultural industry. We should resist against “creative
city” privatization in order to be not instrumentilazed.
19. We don't
want segregation of immigrants in public space!
20. We won’t
let the development of housing market that ensures privatization, property
shift and eviction of inhabitants.
21. We will
resist against privatization of open spaces streets, forest, rural areas and
beaches!
22. We will
resist against police force that are the toys of neoliberal governments!
23. We won’t
allow urban poverty that is supported by mass tourism and privatization!
24.
Skateboarders should have the right to skate any parts of the public space!
25. Lastly:
Wake up and ResistPraça da Figueira!!!!!!!!!!
URBAN MANIFESTO - A Civic Public as a Constellation
MANIFESTO
URBANO – Uma audiência cívica enquanto constelação
1. Uma audiência cívica só pode existir
enquanto constelação coletiva
2. A existência de um dado espaço físico
nas nossas cidades é garantia da noção de audiência cívica? Em que momento e
cenário urbano específico é que o “cívico” se manifesta para se poder
materializar em “público”?
3. A emancipação do sujeito social à
medida na sua luta contra a hegemonia só é possível através de uma materialização
que é simultaneamente colectiva e relacional.
4. Em vez de fetichisar a praça pública
- entendida enquanto lugar que dá origem à audiência cívica – deveríamos
considerar formas diferentes de organização e constelações onde esta audiência
pública pode materializar-se a si mesma.
5. As constelações são experiência
espaciais no território urbano e na natureza da colectividade, que consistem em
tipos de colaboração, na prática do “commoning”
e
de moedas de troca económicas alternativas
6. Como pode o acontecimento da
resistência urbana transformar-se numa materialização cívica colectiva?
7. Um poder colectivo que retira a sua
visibilidade e acção do território urbano pode criar o seu próprio lugar
heterotópico, que é o momento em que a audiência re-habita e reclama
colectivamente o espaço urbano apesar das suas divergências.
8. A heterogeneidade da audiência e a
estratégia de resistência passiva contra a força policial, bem como a motivação
comum de reivindicar a vida quotidiana face a um sistema neoliberal através de
um parque apresenta muitas parecenças com outros movimentos urbanos.
9. Estratégias urbanas verticais de
tomada de decisão directamente em locais onde esta democracia radical está a
acontecer, estes parques e praças de resistência urbana também promovem a
formação de uma forma radical de cidadania.
10. No caso da resistência do
Parque Gezi, eventos recentes são exemplificativos de um novo espaço urbano de
conflito onde um poder colectivo é activamente exercido, a saber, na forma como
o significado de reunir-se no espaço público é apropriado como forma de
protesto contra a urbanização.
11. A resistência urbana,
manifestações de rua e ocupação de parques e praças como forma de protesto
contra a sociedade capitalista e governos autoritários, que se têm estabelecido
como estratégias desde os anos 60, parecem ser a única forma concreta de acção
colectiva hoje em dia que é política.
12. Como podem redes
auto-organizadas e auto-reguladas e estruturas colectivas como os movimentos de
ocupação no espaço urbano, inspirar modelos económicos, especialmente no que
diz respeito à geração e redistribuição de riqueza?
13. Existem
alguns casos práticos de estruturas de trabalho auto-organizadas que funcionam
bem e conseguem não apenas manter a produção mas também redes fluídas de
colectivismo e colaboração criativa.
14. Criar acção colectiva, laica,
política, no espaço urbano não depende da organização ou do evento em si, mas
da co-existência e do bom funcionamento em conjunto para atingir o “commoning”.
Esta noção radica na reconsideração e realização das nossas práticas de
colaboração, economias alternativa, redes autónomas, auto-organização e
estratégias para os excedentes.
15. Deveríamos ser movidos pela
solidariedade apesar das nossas diferenças, em plataformas radicais ou através
da amizade que nos une.
16. Os governos criaram o “o homem
endividado” para controlar as massas. O desemprego, cuja definição se baseia
nas noções do governo e do FMI, foca-se no controlo do nosso horário de
trabalho, capacidade de funcionar como trabalhadores e qualidade do trabalho
para nos incluir ou excluir do sistema.
17. Não deveriamos deixar o FMI controlar
os nosso impostos, condições de trabalho e vida quotidiana.
18. Na medida em que pertencemos à classe
cultural dos criativos, somos trabalhadores a quem pagam salários baixos,
sujeitos invisíveis e precários,
escravos da indústria cultural neoliberal. Deveriamos resistir à privatização
da “cidade criativa” de forma a não sermos instrumentalizados.
19. Não queremos a segregação dos
imigrantes no espaço público!
20. Não queremos o crescimento de
um mercado imobiliário que garante a privatização, o trânsito da propriedade e
o despejo dos habitantes.
20. Resistiremos à privatização dos espaços abertos, ruas, floresta , áreas
rurais e praias!
21. Resistiremos às forças
policiais que são os fantoches dos governos neoliberais.
22. Não vamos tolerar uma pobreza urbana que é mantida pelo turismo de
massas e pela privatização!
24. E por último! Acordem e Resistam! Praça da Figueira!!!!!
No comments:
Post a Comment