Wednesday, September 18, 2013

URBAN MANIFESTO - A Civic Public as a Constellation, Lisbon

an urban manifesto at the Civic Stage curated by Jose Esparza at praça da Figueira - 3.Lisbon Architecture Triennial


1. A civic public can only exists as a collective constellation.

2. Does a one particular physical place in our cities ensure the notion of a civic public? In what moment and specific urban staging does the “civic” perform to be able to embody itself as “public”?

3. The emancipation of the social subject as it rises against hegemony is only possible through an embodiment that is both collective and relational.

4. Instead of fetishizing the urban square – understood as a site that will originate a civic public – we should consider different forms of organization and constellations where this civic public can embody itself.

5. Constellations are the spatial experience in the urban territory and the nature of collectivity, which consists in types of collaboration, the practice of “commoning,” and alternative economic currencies.

6. How can the event of urban resistance transform itself as a collective civic embodiment?

7. A collective power that derives its visibility and action from the urban territory can create its own heterotopic site, which is the moment when the public collectively re-inhabits and reclaims urban space despite their differences

8. The heterogeneity of the public and the strategy of passive resistance against police force, as well as the common drive to reclaim everyday life against a neoliberal system via a park have a lot of similarities with other urban movements

9. Grassroots urban decision-making strategies directly in the sites where this radical democracy is taking place, these parks and squares of urban resistance also foster the formation of a radical form of citizenship.

10. In the case of Gezi Park resistance, recent events testify to a new urban space of conflict where a collective power is actively exercised, namely as the meaning of coming together in public space is appropriated as a form of protest against urbanization.

11. Urban resistance, street riots and occupying parks or squares to protest against capitalist society and authoritarian governments, which have proven themselves as strategies since the 1960s, seem to be the only concrete collective action nowadays that is political.

12. How can self-organized, self-regulating networks and collective structures such as the occupy movements in urban space inspire economic models, especially where the generation and re-distribution of wealth are concerned?

13. There are practical cases of self-organized labor structures managing well on their own, not only to sustain production but also to maintain fluid networks of creative collectivism and collaboration.

14. Creating collective, non-clerical, political action in the urban space is not about the organization or the event itself, but about co-existing and functioning together to achieve commoning. This is rooted on a reconsideration and realization of our practices of collaboration, alternative economies, autonomous networks, self-organization and surplus strategies.

15. We should movie in solidarity despite our differences in radical platforms and with our friendship.

16. Governments create “indebted man” in order to control the masses. Unemployment which its definition based on governmental and IMF definition is about a control our work hours, our abilities of being a worker and the quality of work that leaves you out or in the system.

17. We should not let IMF to control our taxes, work conditions and everyday life.

18. As we belong to the creative – culture class we are low-paid workers, invisible precarious subjects and the slaves of the neoliberal cultural industry. We should resist against “creative city” privatization in order to be not instrumentilazed.

19. We don't want segregation of immigrants in public space!

20. We won’t let the development of housing market that ensures privatization, property shift and eviction of inhabitants.

21. We will resist against privatization of open spaces streets, forest, rural areas and beaches!

22. We will resist against police force that are the toys of neoliberal governments!

23. We won’t allow urban poverty that is supported by mass tourism and privatization!

24. Skateboarders should have the right to skate any parts of the public space!

25. Lastly: Wake up and ResistPraça da Figueira!!!!!!!!!!




-->
URBAN MANIFESTO  - A Civic Public as a Constellation
MANIFESTO URBANO – Uma audiência cívica enquanto constelação


1. Uma audiência cívica só pode existir enquanto constelação coletiva
  
2. A existência de um dado espaço físico nas nossas cidades é garantia da noção de audiência cívica? Em que momento e cenário urbano específico é que o “cívico” se manifesta para se poder materializar em “público”?

3. A emancipação do sujeito social à medida na sua luta contra a hegemonia só é possível através de uma materialização que é simultaneamente colectiva e relacional.
  
4. Em vez de fetichisar  a praça pública  - entendida enquanto lugar que dá origem à audiência cívica – deveríamos considerar formas diferentes de organização e constelações onde esta audiência pública pode materializar-se a si mesma.

5. As constelações são experiência espaciais no território urbano e na natureza da colectividade, que consistem em tipos de colaboração, na prática do “commoning”
e de moedas de troca económicas alternativas

6. Como pode o acontecimento da resistência urbana transformar-se numa materialização cívica colectiva?

7. Um poder colectivo que retira a sua visibilidade e acção do território urbano pode criar o seu próprio lugar heterotópico, que é o momento em que a audiência re-habita e reclama colectivamente o espaço urbano apesar das suas divergências.
   
8. A heterogeneidade da audiência e a estratégia de resistência passiva contra a força policial, bem como a motivação comum de reivindicar a vida quotidiana face a um sistema neoliberal através de um parque apresenta muitas parecenças com outros movimentos urbanos.

9. Estratégias urbanas verticais de tomada de decisão directamente em locais onde esta democracia radical está a acontecer, estes parques e praças de resistência urbana também promovem a formação de uma forma radical de cidadania.

10. No caso da resistência do Parque Gezi, eventos recentes são exemplificativos de um novo espaço urbano de conflito onde um poder colectivo é activamente exercido, a saber, na forma como o significado de reunir-se no espaço público é apropriado como forma de protesto contra a urbanização.

11. A resistência urbana, manifestações de rua e ocupação de parques e praças como forma de protesto contra a sociedade capitalista e governos autoritários, que se têm estabelecido como estratégias desde os anos 60, parecem ser a única forma concreta de acção colectiva hoje em dia que é política.

12. Como podem redes auto-organizadas e auto-reguladas e estruturas colectivas como os movimentos de ocupação no espaço urbano, inspirar modelos económicos, especialmente no que diz respeito à geração e redistribuição de riqueza?

13. Existem alguns casos práticos de estruturas de trabalho auto-organizadas que funcionam bem e conseguem não apenas manter a produção mas também redes fluídas de colectivismo e colaboração criativa.
  
14. Criar acção colectiva, laica, política, no espaço urbano não depende da organização ou do evento em si, mas da co-existência e do bom funcionamento em conjunto para atingir o “commoning”. Esta noção radica na reconsideração e realização das nossas práticas de colaboração, economias alternativa, redes autónomas, auto-organização e estratégias para os excedentes.

 15. Deveríamos ser movidos pela solidariedade apesar das nossas diferenças, em plataformas radicais ou através da amizade que nos une.

16. Os governos criaram o “o homem endividado” para controlar as massas. O desemprego, cuja definição se baseia nas noções do governo e do FMI, foca-se no controlo do nosso horário de trabalho, capacidade de funcionar como trabalhadores e qualidade do trabalho para nos incluir ou excluir do sistema.

17. Não deveriamos deixar o FMI controlar os nosso impostos, condições de trabalho e vida quotidiana.

18. Na medida em que pertencemos à classe cultural dos criativos, somos trabalhadores a quem pagam salários baixos, sujeitos invisíveis  e precários, escravos da indústria cultural neoliberal. Deveriamos resistir à privatização da “cidade criativa” de forma a não sermos instrumentalizados.


19. Não queremos a segregação dos imigrantes no espaço público!

20. Não queremos o crescimento de um mercado imobiliário que garante a privatização, o trânsito da propriedade e o despejo dos habitantes.
  
20. Resistiremos à privatização dos espaços abertos, ruas, floresta , áreas rurais e praias!

21. Resistiremos às forças policiais que são os fantoches dos governos neoliberais.

22. Não vamos tolerar uma pobreza urbana que é mantida pelo turismo de massas e pela privatização!


24. E por último! Acordem e Resistam! Praça da Figueira!!!!!

Pelin Tan, 14.Sept.2013










No comments:

Post a Comment